Todo ano,
no dia 27 de janeiro, “Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”
ou “Dia Internacional da Lembrança do Holocausto”, a humanidade é chamada a não
esquecer jamais o genocídio, o assassinato intencional em massa, o crime
monstruoso, a abominação do holocausto ocorrido durante a Segunda Grande Guerra
Mundial.
A humanidade não poderá jamais esquecer de contar sempre, continuamente, aqueles crimes cruéis, a miséria humana, as odiosidades, os atos insanos e brutais praticados durante o holocausto pelo homem contra o homem. (Carlos Magno Dias)
Esquecer
o passado não é uma opção, não há escolha. O luxo da lembrança. A lembrança que
devora as forças, nos retira a dignidade, nos leva para um lugar sem alegria e
sem senso de unidade. Nos separa. Daquelas famílias diretamente afetadas,
poucas se levantaram, vieram os sobreviventes, ainda pequenos ou os que
conseguiram fugir o mais longe possível – esse foi o caso do Brasil.
Ao final
da 2ª Guerra e do Genocídio dos Roma e Sinte, muitos enlouqueceram, outros
migraram para países da América Latina em maior número, alguns tiveram seus
braços familiares totalmente extintos e outros apenas um sobreviveu. Após os
anos de morte, os mais velhos mudaram o olhar, alguns morreram de desgosto e
tristeza e outros reconstruíram suas identidades, mudando sobrenomes ou
reorganizando suas estratégias de sobrevivência.
Não há
lugar seguro, quando fingimos não ver ou não compreendemos o quão perto de
todos/as nós, está o genocídio dos tempos modernos. Não há distância segura.
Tão pouco
está relacionado apenas aos judeus, o que erroneamente é sempre divulgado. A
etnia que mais pereceu, ainda luta pelo reconhecimento da sua humanidade
naqueles tempos sombrios, suas vozes e suas referências familiares são
cotidianamente atacadas e seu sofrimento ainda diminuído. O esforço mundial
pelo reconhecimento do Povo Romani e sua terminologia é um exemplo real.
Muitas
pessoas, no Brasil e nas Américas, começaram a ampliar esse olhar e compreender
toda a herança nefasta e de separatismo que tal apagamento causou. Os números
dos Roma e Sinte mortos nesse período não param de crescer e mais campos de
concentração aparecem. Jamais saberemos o total de vidas perdidas, porque
muitos foram assassinados em meio a florestas e em valas coletivas, mas, eram
pessoas, filhos de alguém, irmãos de alguém, pais de alguém, eram sangue do
nosso sangue.
Ainda não acabou ...
Essa chama ainda precisa estar acesa em nossas
mentes, nossos corações e em nossas lutas cotidianas, nos países e em alerta
constante contra governos ultraconservadores.
Não custa lembrar, tudo começou com um simples
discurso de ódio.
#HolocaustoNuncaMais
#ProtejaOsFatos
#DigaNãoÀDistorção