Um povo com memória não esquece a sua história.
O “Dia Nacional do Cigano”, 24
de maio, instituído pelo Decreto Presidencial de 25 de maio de 2006, assinado pelo
então e atual Presidente Luís Inácio Lula da Silva. O reconhecimento da
autodeterminação identitária de um povo. E lá se vão 17 anos, rumo a cidadania!
E a cultura de um povo resistiu a todas as adversidades impostas pela classe dominante por meio de Cartas de Leis, Decretos, Alvarás, Cartas Régias, Leis e Decisões imperiais desde sempre.
Comemoramos o “Dia Nacional do
Cigano” trazendo na memória aquelas/aqueles romani que iniciaram a construção
do caminho, do reconhecimento de um povo que contribuiu no processo
organizativo deste Estado-nação, chamado Brasil. E ainda contribui para a
formação histórica, social e cultural do país.
A sociedade brasileira precisa
nos conhecer. Somos Kalderash, Mordovano, Lovara, Matchuaia, Horaranê, Boyasha,
Sibyaia, Rudari, Calon e Sinti.
Quem conhece uma família não
pode dizer que conhece um povo.
Somos étnicos, famílias diferentes,
idiomas distintos, costumes, modo de se vestir, dança, música, religião, princípios,
enfim, somos diversos. Um povo é muita gente!
Que neste 24 de maio de 2023,
possamos refletir sobre políticas públicas, direitos fundamentais e direitos
humanos, seja nas Unidades Federativas e suas divisões administrativas, áreas
rurais e urbanas.
Até hoje o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) não fez o censo desta parcela étnica da população
brasileira. Então, como aplicar políticas públicas sem o quantitativo? Pois, um
número significa a existência de uma pessoa naquele território. O censo
significa vontade política.
Somos cidadãs e cidadãos
brasileiros, mas com etnicidade específica.
Cana o drom si lungo,
naxtis piras korkorro. Se o
caminho é longo, não se deve andar sozinho.
#RromafobiaNão
AMSK/Brasil