PASTORAL DOS NÔMADES - ORIENTAÇÕES AOS IRMÃOS NÔMADES E AO POVO DE DEUS ACERCA DO COVID-19





 “Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas”. João 21,17

ORIENTAÇÕES AOS IRMÃOS NÔMADES E AO POVO DE DEUS ACERCA DO COVID-19

Caríssimos irmãos ciganos, parquistas e circenses, irmãos nômades de todo o território brasileiro. Paz e bem! 

Estamos passando por momentos de atenção e cuidados com a nossa vida e missão. A grande e acelerada propagação do Covid-19 nos inspira como filhos de Deus a tomar algumas posições referentes ao povo de Deus e a nossa missão de cristãos. 

Tendo em vista as considerações da Igreja no Brasil e das dioceses irmãs, pedimos que observem os seguintes pontos:

1. Seguindo orientações do governo federal pedimos aos ciganos, circenses e parquistas a não estarem em constante movimento, ao fazê-lo assegurar-se de que não está em situação de risco de contágio;

2. Suspender durante 30 dias as festividades que possam aglomerar grandes quantidades de pessoas;

3. Nos circos, sejam abertas as lonas, trailers e ônibus para que possam ficar arejados, em constante limpeza e com serviços básicos como álcool em gel disponível; 

4. Suspender as matinês, espetáculos específicos para crianças;

5. Suspender a presença de pessoas inseridas no grupo de risco como os idosos e gestantes;

6. Aos cristãos e ao povo de boa-fé, se unam em comum e acolham uns aos outros em suas necessidades espirituais e temporais. “Vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um. Atos 2,45;

7. A Igreja e os irmãos sejam caridosos com aqueles circos que estão sem público, assistindo-os em suas necessidades fundamentais e no acolhimento fraterno;

8. Aos agentes de pastoral, suspendam as reuniões e encontros de catequese, círculos bíblicos, procissões, entre outros;

9. As paróquias na dinâmica do Evangelho e da Caridade cristã incluam ações pastorais dentro dos grupos nômades.

Por fim, conclamamos a Igreja em todo o território brasileiro a tratar de forma mais humana e generosa a todos os irmãos nômades (povos que estão em constante movimentação.) “Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 

Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’” Mateus 25, 38-40.

Unimo-nos ao clamor de todos os cristãos no mundo inteiro pelo fim desta pandemia, e como irmãos, tenhamos acolhimento e fraternidade, a exemplo de Santa Dulce dos Pobres, o Anjo bom do Brasil.

+ Dom José Edson Santana de Oliveira Bispo Referencial para a Pastoral dos Nômades do Brasil – CNBB

Março/2020
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