O NOSSO LUGAR É ONDE QUISERMOS ESTAR! OPRÊ ROMNIA!



Os dias e os anos passam, mas o preconceito, muitas vezes acompanhado fortemente pelo racismo e a romafobia, ainda é a grande barreira que impede avançar a discussão sobre o tema dos direitos humanos das Romnia (mulheres ciganas) no Brasil. E em face de a eficiência limitada dos agentes públicos não há qualquer promoção de debates no país sobre a invisibilidade dessas mulheres nos processos de elaboração e discussão política de atendimento com equidade nos serviços públicos ofertados de educação, saúde, assistência social, trabalho e segurança pública.
A Associação Internacional Maylê Sara Kalí (AMSK/Brasil) acompanha Romnia que romperam com a cultura de opressão e silêncio do ciclo da violência social. No cotidiano lutam contra qualquer forma de constrangimento ao seu pertencimento étnico nos espaços de atendimento público e do seu trabalho. Essas mulheres avançam em promover mudanças no ciclo do desconhecimento aos seus direitos de ser e existir, em especial com a sua inclusão nos diálogos de convivência familiar e comunitária, na atuação em atividades de geração de renda, na qualificação profissional por vezes consistente de uma trajetória escolar, na participação em espaços de discussão e elaboração de políticas públicas setoriais e de direitos, e na política partidária.
Ações que caracterizam a cidadania ativa pelo respeito as diferenças culturais, por melhoria na qualidade de vida de suas filhas e filhos, netas e netos, e à efetividade para a erradicação de todas as formas de violência contra as crianças, jovens, mulheres, idosas. As agentes de mudança incentivando a cultura de participação e de corresponsabilidade pelo bem-estar social.
No dia 8 de março, e em todos os dias, nós Romnia nos unimos a tantas outras mulheres que lutam pelo direito a dignidade humana e o respeito ao pluralismo cultural existente no país. Em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema Único da Assistência Social (SUAS), Sistema de Ensino, a Previdência e Seguridade Social. Por uma política social e econômica justa e igualitária que promova a inserção social livre do processo colonialista que impõe a assimilação e o aculturamento.

Oprê Romnia! Existimos porque somos resistentes e resilientes. O nosso lugar é onde quisermos estar.
“Parabéns para aquelas que sonham, aquelas que realizam, e aquelas que tornam os sonhos das outras uma realidade”.

Lute contra todas as formas de violência contra as Mulheres.
Os maus tratos, a opressão, a agressão física ou psicológica devem ser denunciados no Disque 180. Não se calem!

NÃO AO FASCISMO.