A Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) manifesta total
repúdio às mortes de crianças e adolescentes no contexto dos confrontos armados por balas nas favelas e periferias do Brasil.
A RNPI é uma articulação apartidária composta por 240 instituições, entre organizações da sociedade civil, do governo, do setor privado, de outras redes e de organizações multilaterais que atuam, direta ou indiretamente, na promoção, defesa e garantia dos direitos da Primeira Infância – crianças de até seis anos de idade - sem discriminação étnico-racial, de gênero, regional, religiosa, ideológica, partidária, econômica, de orientação sexual ou de qualquer outra natureza.
O contexto de miserabilidade, pobreza e as desigualdades sociais são reconhecidos pelas pesquisas ao longo dos anos, como “locus” de discriminações e exclusões sociais - na sua maioria da população negra e parda -, favorecendo assim, as barbáries e crimes contra a humanidade. Na nossa concepção, isso ocorre pela ausência de políticas públicas de proteção e segurança assertivas e inclusivas, as quais, foram e continuam sendo negligenciadas pelo poder público no Brasil.
Colocamos aqui nossa indignação profunda para que haja um despertar de consciência da cidadania em todo o país, principalmente e prioritariamente do poder público. Além do despertar, esperamos ações concretas de imediato para mudar essa realidade.
Repudiamos a naturalização e a desumanização com que têm sido tratadas os assassinatos de crianças e adolescentes por balas perdidas, irresponsavelmente mal direcionadas.
Segundo estudos do UNICEF, 31 crianças e adolescentes são mortos por dia no Brasil. É urgente uma reflexão séria sobre as causas que nos levaram a esta tragédia. O grito é de um CHEGA! NENHUMA CRIANÇA A MAIS ASSASSINADA! NENHUM ADOLESCENTE A MAIS ASSASSINADO! Exigimos o Direito à VIDA PLENA E DIGNA para TODAS AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES!
Brasília, 19 de novembro de 2019.
Rede Nacional Primeira Infância #CHEGA: # NÃO À VIOLÊNCIA # NÃO AS BALAS PERDIDAS # NÃO AS MORTES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES # CRIANÇAS E ADOLESCENTES NÃO SÃO ALVOS DE BALAS