TORNAR A EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Um desejo ainda distante, mas possível.
Quando se fala que 99% dos ciganos são analfabetos, perguntamos:
99% de quanto?
É isso. Se não sabemos quantos somos, como podem afirmar sobre o analfabetismo entre o Povo Rom - os assim chamados ciganos?
Analfabetismo Cultural? De quem?
Desde 2009 - data dessa publicação, há uma movimentação maior sobre a questão voltada aos ciganos e a escola. Infelizmente a coisa não andou. Mas vai andar.
AMSK/Brasil
UNESCO - AMPED/2009
3. Inclusão que diz respeito a todos os grupos
vulneráveis à exclusão
Há uma tendência crescente de se ver a exclusão na educação de forma mais
ampla, em termos de superação da discriminação e da desvantagem em relação a
quaisquer grupos vulneráveis a pressões excludentes. Em alguns países, esta perspectiva
mais ampla está associada aos termos inclusão social e exclusão social. Quando
usada em um contexto educacional, a inclusão social tende a se referir a questões
de grupos cujo acesso às escolas esteja sob ameaça, como o caso de meninas que
engravidam ou têm bebês enquanto estão na escola, crianças sob cuidados (ou seja,
aquelas sob cuidados de autoridades públicas) e ciganos/viajantes. Embora comum,
a linguagem da inclusão e da exclusão social passa a ser usada mais especificamente
para se referir a crianças que são (ou correm o risco de ser) excluídas da escola e
salas de aula por causa de seu comportamento.
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Este uso mais amplo da linguagem da inclusão e da exclusão é, portanto,
um tanto fluido. Ele parece indicar que pode haver alguns processos comuns que
ligam as diferentes formas de exclusão experimentadas por, digamos, crianças com
deficiências, crianças que foram excluídas de suas escolas por razões disciplinares e
pessoas que vivem em comunidades pobres. Deste modo, parece haver um convite
para explorar a natureza desses processos e de suas origens em estruturas sociais.