Foto: Rosana Barreto |
A Marcha das Flores realizada no dia 29 de maio, em Brasília-DF, derruba o cerco no Palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) e depositam as flores na estátua da Justiça.
Foto: Rosana Barreto |
Foto: Rosana Barreto |
Apesar das cercas para impedir
a manifestação das mulheres, crianças, jovens, idosos, e homens, em depositarem
as flores na estátua da Justiça em frente ao edifício do Supremo Tribunal
Federal, as e os manifestantes pelo fim da violência contra as mulheres no
país, começam a jogar as flores sobre a cerca. Neste momento, um rapaz pula a
cerca e ajuda uma mulher também a pular. Os seguranças e policiais do STF dão
voz de prisão ao rapaz. As manifestantes gritam em coro “solta, solta”, até que
os policiais o fizeram. Ao mesmo tempo, muito tranquila a mulher começou a colher
as flores caídas ao chão e também das pessoas. E com um maço de flores no braço
segue em direção a estátua da Justiça para depositar as flores, mas, foi impedida
pelo cordão de segurança do STF de prosseguir com a ação, sendo empurrada. As
manifestantes começaram a vaiar tal atitude. Indignadas com aquela ação contra
uma mulher, gritavam “Mexeu com uma, mexeu com todas” – refrão este cantado
desde o início da marcha. Neste momento, policiais começaram a borrifar o gás
de pimenta nas pessoas perto da cerca sem se importar que naquele local haviam
mulheres grávidas, crianças e idosas. Uma ação absurda. E este foi o fato que motivou
a ação do público em derrubar a cerca, como forma de respeitar as pessoas que
clamavam também pelo respeito à democracia.
A Deputada Federal Érika Kokay
junto com várias manifestantes foram as primeiras a chegarem perto da estátua,
formando uma roda, de mãos dadas, em volta dos seguranças do STF que faziam um
cordão de proteção ao monumento público.
Desse momento em diante as
mulheres, crianças, jovens, idosos e homens puderam colocar as suas flores e os
seus cartazes na estátua da Justiça, pacificamente. E em frente ao Palácio do
STF manifestaram o repúdio à cultura do estupro dependurando um cordão de
calcinhas manchadas, cartazes, e gritavam frases como “Mexeu com uma, mexeu com
todas”, contagem regressiva de 30 a nenhum, “A nossa luta é todo dia contra o
machismo, o racismo, e a homofobia”, “Machistas, fascistas não passaram”, entre
outros.
Pelo
Fim da Violência Contra as Mulheres:
A ONU Mulheres emite Nota
Pública e reforça a necessidade de
garantia e fortalecimento da rede de atendimento a mulheres em situação de
violência e de órgãos de políticas para as mulheres e profissionais
especializadas e especializados em gênero em todas as esferas governamentais,
para o pleno acolhimento às vítimas, primando pelo cumprimento de protocolos,
pela celeridade e pela humanização nos procedimentos de saúde, assistência
psicossocial e justiça em todas as etapas do atendimento às vítimas e seus
familiares, assim como a rigorosa punição dos agressores. À sociedade
brasileira, a ONU Mulheres pede a tolerância zero a todas as formas de
violência contra as mulheres e a sua banalização. Leia mais...
O Conselho Nacional
de Direitos Humanos (CNDH) emite Nota Pública em repúdio ao estupro coletivo no Rio de
Janeiro e em Bom Jesus - PI e posiciona-se
pelo enfrentamento à cultura de estupro existente e afirma que atos bárbaros e
criminosos como estes violentam não só as adolescentes, mas todas as mulheres
do país. Leia mais...
A nossa luta é todos os dias pelo fim da violência contra as Mulheres.
AMSK/Brasil
Leia as matérias:
Protesto contra violência a mulheres tem tumulto e gritos
de 'Fora, Temer'
Mulheres de Brasília fazem "Marcha das Flores"
contra estupro
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2016/05/29/internas_polbraeco,533909/marcha-das-flores-pede-o-fim-da-violencia-contra-a-mulher-na-esplanada.shtml