Amig@s;
Tod@s vocês que nos acompanham,
sabem que ao adentrarmos no mês de maio e próximo a ele, voltamos nossas
postagens para as celebrações, conquistas e desafios do Povo Romani (os assim
chamados ciganos) no Brasil e no exterior; seja em relação a saúde, as rodas de
conversa ou outros desafios.
Entretanto, o modelo de política
que se adianta, na chamada Ponte para o Futuro (lançado pelo PMDB), retira da
base, programas dos quais a maioria dos ciganos carecem. Reduz a verba para a Educação
e a Saúde, entre outras perdas
.
Imaginem o que poderá acontecer
com a nossa frágil portaria 940 do MS e o Documento, Ciganos, Documento
Orientador para o Ensino, lançado pela SECADI em 2015.
Imaginem a apologia ao golpe
militar de 64, visto no domingo último pelo Deputado Jair Bolsonaro, deixando
claro as suas convicções. É tempo de garantirmos o direito de cada um e cada
uma seguir sua religião ou não, sem que seja imposto uma ou outra a chamada
verdade absoluta. É tempo de abrir os olhos e juntar forças contra o fascismo
que começa a ganhar forma novamente, principalmente pela bandeira da
moralidade, do recato e de um Deus que serve apenas a interesses particulares,
Mas o pior de tudo foi o Tchau
Querida, os berros e vais as mulheres que votavam contrário as “expectativas” e
as chamadas de lindas, maravilhosa e além, fazendo referência a aquelas
mulheres que cumpriam o papel de quietas e educadas. Tinha até Deputada fazendo
o papel de garota propaganda, a fim de aparecer na TV Câmara, segurava cartaz,
bandeira, virava o cabelo e fazia biquinho.
A caça às bruxas, em todos os
tempos condenou mulheres de etnia Romani (as assim chamadas ciganas) pelo
simples fato de existirem. Inclusive acompanhamos várias prisões referente a
leitura de mão, em pelo o menos 3 regiões do país. Tudo isso com a certeza do
estelionato e do roubo, acusações repetidamente desamparadas pela própria
constituição brasileira.
Ciganas que são impedidas de
usarem o coletivo, por causa de suas roupas coloridas, que independentemente de
qualquer coisa continuam repetidamente sendo abordadas nos supermercados sem
nenhum fundamento, única e exclusivamente por serem ciganas e mulheres.
Num parlamento, num país, onde os
homens e mulheres que deveriam zelar por todos, segundo reza a nossa
Constituição de 1988, são capazes de usar o recorte de gênero, com tamanha
discrepância e desrespeito.
Durante esse tempo que se
aproxima, nós mulheres da AMSK, vamos lutar para que cada mulher, de todas as
cores, RAÇAS E CREDOS; belezas e principalmente ETNIAS, tenham condições de se
manifestar respeitosamente, de lutar pelas suas tradições, pela sua cultura e
pelo universo a que pertence.
Porque antes de qualquer outra
coisa, somos MULHERES, somos fortes e temos princípio e lutaremos por respeito
e igualdade de tratamento.
Elisa Costa
Presidenta da AMSK/Brasil