Foto acervo: AMSK/Brasil
Sabem aquelas matérias que podemos ler com a tranquilidade de quem lê alguma coisa feita especialmente para agregar conhecimento? Daquelas que sabemos que quem está do outro lado da telinha sabe do que fala?
Lendo o texto do José Carlos, me lembrei de uma pergunta que fiz a pouco tempo atrás, numa roda de pessoas e suas entidades e me lembrei hoje o quanto sua reação foi parecida com o texto. Enquanto muitos pensam em reter, ele prontamente respondeu: podemos somar.
Desejamos uma boa leitura a todos, um muito obrigada ao autor do texto e que todas as recomendações sejam levadas a sério.
gentileza,
paciência,
serenidade,
respeito,
alegria e
esperança...
como dizia minha avó: a vida é simples filha, a gente é que costuma complicar mesmo.
Nevo Bersh 2015
Feliz Ano Novo 215
AMSK/Brasil
Associação Internacional Maylê Sara Kalí
Artigo| PASSAGENS PRECISAM DE CALMA
30 de dezembro de 2014
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JOSÉ CARLOS STURZA DE MORAES
Coordenador do Projeto Protagonismo de Crianças e Adolescentes (Amencar), conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedica)
Coordenador do Projeto Protagonismo de Crianças e Adolescentes (Amencar), conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedica)
Dia desses li uma tirinha da Mafalda, essa argentina que tanto amamos.
Indagava ao pai se o ano novo existia mesmo, ao que o pai afirmava efusivamente que sim. Então, de seu jeito Mafalda de ser, ela o questionou de forma mais categórica: se ele o havia visto.
Tal diálogo me vem à baila quando percebo a angústia e o estresse de tanta gente nesse período de festas. Um pouco das correrias, dos apressamentos e das bebedeiras e outras entorpecências da vida nesses dias. A paciência anda pouca. Nesse percurso, perdem-se vidas, transbordam violências e exemplos pouco defensáveis de valores humanos. Um segundo a mais atrás do semáforo é um calvário, cinco minutos numa fila um absurdo, uma ultrapassagem sofrida um acinte.
Nessa ânsia de gozar o prazer antes, e primeiro, podemos estar enterrando-o. Ou nos hospedando não em hotéis, mas em hospitais, ou ainda sendo hospedados na última morada de todos nós.
2015 entrará sorridente e desdentado como todo ano novo, mas poderíamos aguardar essa invenção que tanto nos organiza de um jeito mais interessante. De um jeito mais prazeroso e generoso. A solidariedade, o dar lugar, pode também gerar prazeres, que o digam os milhões de voluntários e militantes de causas sociais em todo mundo.
Querer para outras pessoas ou para outras pessoas também é inventar jeitos de felicidades duradouras e calmas.
Um minuto de adiamento do prazer pode ser como aquela fome abastecida para saborear melhor o momento do banquete, que vamos comendo antes com os olhos. Curtir os aromas do arredor não tem preço, mas contém fragrâncias, descritíveis e indescritíveis, pois nem tudo cabe nas telas e nos teclados dessa nossa ultramodernidade das telinhas touchscreen.
Ensinar paciência, tolerância e apreço ao outro, para nós professores, pais, mães (adultos em geral) pode ser apenas o exercício de um ato, pois educação continua a ser centralmente, nas relações humanas, o exercício do exemplo. Normas legais temos muitas e mais e mais são editadas a cada ano, entre outras coisas porque não as observamos. A vida pode ser mais simples e pode ser prazerosa.
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