Sílvia Régia Chaves de Freitas Simões
Professora e pesquisadora da Universidade do Sul de Santa
Catarina, Unisul
Grau de estudo: Mestre em Educação
Costumo dizer que a escola, nesse sentido, deveria ser
pensada na perspectiva do COM e não do PARA.
Em minha concepção, a escola específica dentro do acampamento é muito
delicada, na medida em que contribui para reforçar o estigma e guetizá-los cada
vez mais. Penso que um dos caminhos seria investir na formação de professores
multiculturalistas, profissionais que compreendessem(e não tolerassem) as
diferenças, não só em relação aos ciganos. Que os currículos contemplassem o
conjunto de expressões culturais ciganas, mas não de forma folclorizada. Que as
dimensões históricas e sociais desse povo, fossem inseridas a partir de uma
visão mais ampla onde, os aspectos da ética e da moral cigana fossem
evidenciadas e valorizadas.
Que seja criado um observatório de políticas e ações
voltadas para ciganos. Esse observatório seria composto por representantes
ciganos, indicados pelos grupos, ONGs, universidades, OAB, igrejas, etc. Todos
sabemos que as lutas que envolvem os menos favorecidos é uma luta árdua, mas é
nisso que reside o desafio.
AMSK/Brasil