1562 — O cigano João Giciano, mulher e quatorze filhos, são degredados para o Brasil. Eles chegam em Portugal vindos das Grécia.
In Elisa Maria Lopes da Costa. O povo cigano entre Portugal e terras de além-mar, (p. 36).
1574 ¾
Dom Sebastião. Despacho sobre requerimento. A pena de galés imposta ao
cigano João de Torres foi comutada em desterro para o Brasil, podendo
vir acompanhado de mulher e de seus filhos.
(Arquivo Nacional, Liv. 16
de Legitim. D. Seb. e D. Henr., fl. 189.) Apud Adolfo Coelho, Os ciganos de Portugal, (p. 200).
1578 ¾ Frei Vicente Salvador, na sua História do Brasil, informa que em Pernambuco Diogo Martins escreveu uma carta a Diogo de Castro "e lha mandou por um cigano".
Apud José Alípio Goulart. O cavalo na formação do Brasil, (p. 176).
1591 ¾
Heitor Furtado de Mendonça, visitador do Santo Ofício, na Bahia e
Pernambuco, recebeu dezenas de denúncias contra ciganos como
delinqüentes de crimes contra a religião e os bons costumes.
In João Dornas Filho: Os Ciganos em Minas Gerais, em RIHG de MG, ano III, 1948; Laura M. Souza. O diabo e a Terra de Santa Cruz. (pp. 108-24); e Primeira Visitação do Santo Ofício – às partes do Brasil
(Confissões da Bahia 1591-1593), série Eduardo Prado – São Paulo, 1922,
pp. 57, 74, 166. Ver também "Denunciações da Bahia" 1591-1592, São
Paulo 1925, pp. 259, 285, 303, 323, 385, 388 e 400.
1591 ¾
Violante Fernandes, viúva de um ferreiro cigano, também deportado de
Portugal, agastada com as chuvas, dissera que "Deus mijava sobre ela que
a desejava afogar". Tareja Roiz ouvira da cigana Argelina que a cigana
Maria Fernandes dissera: "que pesava de Deus porque chovia tanto".
In Primeira Visitação, Denunciações da Bahia, pp. 385-386. Tareja Roiz negava a existência do dia do juízo. Idem, p. 192. Apud Laura de Mello e Souza: O diabo e a Terra de Santa Cruz.
AMSK/Brasil