Outro desdobramento do Brasil Cigano, agora em Alagoas. A força dos mais jovens vão abrindo caminho onde ninguem conseguia passar. Sem firulas, com ações, arregaçando as mangas, com esforço próprio e apenas com um pensamento: Somos todos irmãos. Deu certo e dará muito mais, esse é apenas o começo e está acontecendo em todo o Brasil. Para lutar por políticas públicas é preciso entender que a discórdia e o isolamento não levam a nada, apenas reforçam o preconceito e o estereótipo. Ruiter e Anne Kellen, lovaras, gente que faz acontecer.
AMSK/Brasil
Sesau realiza I Encontro dos Povos Ciganos de Alagoas
http://www.saude.al.gov.br/ciganos/noticias/sesaurealizaiencontrodospovosciga
Encontro busca fortalecer o intercâmbio entre as comunidades ciganas de Alagoas e o acesso às políticas públicas de saúde
Foto:
Olival Santos
Repórter:
Fabiano Di Pace
Para
fortalecer a identidade cultural dos povos ciganos e suas ligações com o
Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau)
realizou o I Encontro dos Povos Ciganos do Estado de Alagoas. O Evento
aconteceu nestas quinta (29) e sexta-feira (30), na Associação das Irmãs
Filhas do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Serraria, em Maceió.
Durante
o encontro, os participantes assistiram a apresentações de dança,
debates sobre a saúde do povo cigano e sua relação com o SUS, inserção
da comunidade cigana no Programa Saúde da Família (PSF), além da
apresentação de movimentos de educação popular em saúde. No período da
noite, os presentes participaram de uma noite cultural com temas ligados
a cultura cigana.
De
acordo com a diretora de Promoção a Saúde, Eliana Padilha, o encontro é
uma iniciativa pioneira do governo do Estado e marca o compromisso da
administração em garantir a inclusão de toda a população na atenção a
saúde. “A garantia dos direitos sociais e culturais do povo cigano é um
compromisso do governo estadual que promove a aproximação desta
comunidade com o SUS”, explicou.
Também
presente ao evento, a gerente de Políticas de Promoção de Equidade da
saúde, Margarete Magalhães, lembrou que a aproximação e integração dos
chamados povos tradicionais faz parte das diretrizes adotadas pelo
Ministério da Saúde. “Mostrar às comunidades ciganas como funciona o SUS
e quais são os direitos de cada cidadão brasileiro, constrói um senso
de cidadania importante para a construção de um futuro mais integrado e
justo para todos”.
Ainda
durante o evento o representante José Ruiter fez uma apresentação sobre
a história do povo cigano e sua identidade. Ruitter destacou que o povo
cigano passou por grandes provações em sua história, passando inclusive
pelo massacre de metade de sua população durante o holocausto na II
Grande Guerra, e que até os dias de hoje a população cigana é vista com
desconfiança. O palestrante lembrou que a única forma de vencer a
ignorância e o medo é promover o convívio harmônico em cada cultura é
respeitada.
Durante
a noite, os presentes tiveram a oportunidade de assistir a apresentação
do grupo Leshja que mostrou um espetáculo de dança cigana. “A dança é
uma parte muito forte da cultura cigana e é sempre um privilégio
compartilha-la”, disse a coordenadora do grupo Anne Kellen. Após as
apresentações culturais foi servido o Midjadra, prato típico da
culinária cigana, que foi acompanhado da bebida típica Sifrite.
Participaram
do encontro, cerca de 70 pessoas entre representantes de comunidades
ciganas, residentes da Uncisal, Secretaria Estadual de Educação,
Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e Universidade Federal de
Alagoas (Ufal).
Fonte: Ascom / Saúde