24 DE MAIO DE 2025
Um marco legal
para celebrar,
Não para se
acovardar.
Um dia para
celebrar as possibilidades de construções,
Não para
eliminar pessoas.
Um momento para
reviver e rever a caminhada,
Não para mentir, acusar, ou vender carteirinhas. (quem desconhece a história comete os mesmos erros)
Um dia de um Povo,
Não de meia dúzia
de indivíduos que chegaram ontem, batizados sabe-se lá aonde.
Um dia de
reunião, discussão e festa;
Não a custa dos
estereótipos ou de religiões inventadas.
Um marco legal – que trouxe a
luta de muitas pessoas junto. Que descortinou agendas importantíssimas ... não
a cooptação de uma bandeira;
Não são badulaques – é sunakai,
tem um porque e não são os dentes de ouro.
Não é fantasia – é zacono romanô.
Não é sobre mim ou sobre você.
É sobre nós.
Não começou hoje e não terminará
amanhã.
A fantasia perde as lantejoulas,
nosso sangue não perde a identidade.
Nesse 24 de maio, conversamos
sobre o poder que a fantasia tem sobre aqueles que se escondem em falsas
assinaturas, falsas identificações e cobram respeito. Discutimos sobre o que
conquistamos e nos lembramos de como as coisas eram a 19 anos atrás e vamos
além, porque antes era mato, se tornou trilha, rota, caminho e hoje é estrada.
Vivemos uma
democracia suada e desejada.
Isso significa
que é preciso respeitar o caminho e solidificar as bases.
Diga não ao
aculturamento;
As ameaças veladas;
Ao racismo/anticiganismo institucional.
Aos conchavos e aos péssimos representantes
de última hora, que figuram em agendas de marionetes e ainda não acordaram para
a Democracia como estado de direito pleno e de obrigação com a verdade e a
reparação.
Mais do que nunca:
Viva as nossas mulheres e homens,
crianças e idosos,
Viva nossos laços, nossos amores,
nossa phralipen, que não se vende, não tem preço e não se acovarda.
Dois conselhos que se
concretizaram em 2024, ditados pela nossa Maylê Fia:
· 1. Não aceitem dinheiro sujo em suas mesas, ele
corrompe a alma, adoece o corpo e alimenta a inveja ...
· 2. Onde a ignorância, a violência e os pricasa
estiverem: se retirem. Não sirvam de pano de fundo e nem validem aquilo que não
é. O ouro dos tolos, perde a cor, enferruja. O ouro de vocês permanece.
Nesse 24 de maio, não cuspimos no
prato que comemos, nem abandonamos a escuta divergente, tão pouco subtraímos a
história dos que se foram, não caminhamos em cima dos nossos mortos, mas, com a
lembrança real do sacrifício vivo de cada um deles.
Anglê romaí, para que sejamos
capazes de estabelecer cada vez mais marcos legais, ampliando o conhecimento,
valorizando as memórias e caminhando sem o analfabetismo funcional, rumo a mais
conquistas reais e cada vez mais livres do Racismo, anticiganismo e romafobia
institucional, étnica e social.
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